"Hellboy 2" supera primeiro filme e dá vida aos quadrinhos de Mike Mignola
Em "Hellboy II: O Exército Dourado" faz-se justiça ao charme da criação de Mignola, autor e desenhista cujo estilo já foi definido como "expressionismo alemão encontra Jack Kirby" por Alan Moore. Ao invés de grandes cenas de luta (que ainda existem em boa quantidade), o foco dessa vez é mostrar o "submundo místico" imaginado pelo quadrinhista, no qual trolls, goblins e todo tipo de criatura mitológica coexistem com a metrópole, escondidos na escuridão ou disfarçados de inocentes velhinhas. O mote do roteiro, explicado em uma bela seqüência inicial, é justamente a quebra da trégua entre humanos e monstros liderada por um príncipe que nunca a aceitou, e que pretende reconquistar a superfície com o exército dourado do título. Pano de fundo ideal para explorar a grande questão de Hellboy: um monstro que vive entre os humanos e deseja ser um deles, mas usa seus poderes para defendê-los de monstros como ele.
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